Timor-Leste é uma república parlamentarista, com cerca de 1,2 milhões de habitantes (2012). A origem da população é principalmente malaio-polinésia e papua, mas existem minorias de chineses, árabes e europeus. Cerca de 90% dos timorenses são católicos. Existem minorias de protestantes e de muçulmanos.
As línguas oficiais são o português e o tétum, que era a principal língua falada na ilha antes da chegada dos portugueses no início do século 16 (o nome do País, em tétum, é Timor Lorosa'e ). Existem ainda cerca de 15 outras línguas nativas, como o idalaca, o galole, o mambai e o cauaimina. A palavra timor vem do malaio e significa leste.
O País ocupa a metade oriental da Ilha de Timor, do arquipélago malaio (a parte ocidental pertence à Indonésia). O terreno é montanhoso e o pico mais elevado é o Ramelau, com 2.972 m. Timor Leste situa-se a cerca de 550 km da Austrália. A capital é Díli. O País é dividido em 13 distritos: Aileu, Ainaro, Baucau, Bobonaro, Cova-Lima, Dili, Ermera, Lautem, Liquica, Manatuto, Manufahi, Oecussi e Viqueque. O território inclui as ilhas de Ataúro e Jaco, além do enclave de Oecusse, no lado oeste da ilha de Timor.
O petróleo e o gás natural são os principais recursos econômicos de Timor-Leste. A agricultura tem também papel importante e é o meio de vida da maior parte da população. A economia tem crescido nos últimos anos a uma taxa média em torno de 10% ao ano, uma das mais altas do mundo. A moeda é o dólar estadunidense.
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História
No século 15, a ilha do Timor era habitada por populações organizadas em pequenos estados, principalmente de origem malaia. Esses estados eram reunidos em duas confederações: Servião e Belos. Praticavam religiões animistas e havia comércio com árabes e chineses.
Por volta de 1515, os portugueses aportaram na ilha de Timor. Ainda no século 16 chegaram os frades portugueses e iniciaram a conversão dos timorenses ao Cristianismo.
Em 1651, os holandeses conquistaram Kupang, no oeste da ilha de Timor. Escaramuças com os holandeses na região resultaram em um tratado em 1859, em que Portugal cedeu a porção ocidental da ilha. A ilha ficou então dividida em Timor Holandês (parte ocidental) e Timor Português (parte oriental).
O Japão ocupou o Timor Leste de 1942 a 1945, mas Portugal retomou a autoridade do território após a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial.
Em 1949, a Indonésia conquistou sua independência, cujo território incluía o Timor Holandês.
Em 1974, a democracia foi restaurada em Portugal. O novo governo passou a respeitar o direito à autodeterminação das colônias portuguesas, na África e na Ásia. Assim, o Timor Leste declarou-se independente de Portugal, em 28 de Novembro de 1975, mas foi invadido pela Indonésia nove dias depois, sendo incorporado a este país em julho de 1976, como a província de Timor Timur. Entretanto, guerrilhas timorenses continuaram nas décadas seguintes e estima-se que cerca de 200 mil pessoas perderam suas vidas nessas lutas.
Em 30 de agosto de 1999, em um referendo popular supervisionado pela ONU, a esmagadora maioria do povo de Timor-Leste votou pela independência. Em represália, milícias apoiadas pela Indonésia mataram milhares de timorenses e arrasaram grande parte da infraestrutura do novo País. Em 20 de setembro de 1999, tropas de paz da ONU passaram a defender o Timor Leste. Em 20 de Maio de 2002, Timor Leste foi reconhecido internacionalmente como um estado independente.
Em 2006, conflitos internos voltaram a ameaçar a paz no País e as forças de paz da ONU retornaram, permitindo eleições presidenciais e parlamentares em 2007. Em fevereiro de 2008, um grupo de rebeldes realizaram um ataque mal sucedido contra líderes do governo, mas foram dominados.
Hoje, o País vem se desenvolvendo em passos largos. As forças da ONU deixaram Timor-Leste no final de 2012. Em 2015, o Governo do Timor buscou apoio, na Bahia, para a recuperação de suas estradas.
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Pescador em uma praia de Díli, em Timor-Leste.
Jackmalipan
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